por
Gilberto Silos
“Então falou Deus todas estas palavras: Eu sou o
Senhor teu Deus que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás
outros deuses diante de Mim. Não farás para ti imagem de esculturas, nem
semelhança alguma do que há em cima, nos céus, nem embaixo, na terra. Não as
adorarás nem lhes darás culto porque eu sou o senhor teu Deus”. (Exodo:20)
O livro do Êxodo trata da fuga da limitação, de como
libertarmo-nos de nossas limitações, indo além de nós mesmos. Uma das grandes
limitações do ser humano é atribuir um poder incomensurável às coisas externas,
tais como doenças, poder, riqueza, prestígio. Quando atribuímos poder a alguma coisa,
curvamo-nos perante ela e admitimos que é maior e mais forte do que nós.
Os egípcios, gregos, romanos babilônios, faziam imagens
gigantescas. Representavam forças que eles temiam, respeitavam e lhes davam
segurança. Quando os hebreus, no deserto, erigiram o “bezerro de ouro”,
evocavam algo que lembrava a falsa segurança que imaginavam desfrutar no Egito.
Se alguém admira ou teme demais alguma coisa efêmera,
exterior, está elegendo outro deus ou ídolo, está lhe atribuindo poder. Alguns
dos ídolos modernos são bem conhecidos, tais como o consumismo, o sexo, as
drogas e o poder. Quando alguém adora coisas externas é porque tem receio do
que lhe poderá acontecer se as perder. Porém, a salvação do homem é justamente
perder sua crença nessas coisas.
A espiritualidade deve ocupar o primeiro lugar em nossas vidas. O espírito, a evolução, a nossa essência são prioridades. É fundamental que cada um permaneça vigilante olhando atentamente ao seu redor, para não transformar alguma coisa em ídolo, elegendo outros deuses.
Publicado
na revista Serviço Rosacruz número desdonhecido
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